Agenda ESG e apoio ao controle na inadimplência

Evitar a inadimplência é fundamental por diversas razões e uma das principais delas é que afeta diretamente a saúde financeira do negócio. E com saúde financeira abalada, as contas não fecham, deixamos de honrar compromissos, investidores se afastam, a imagem se desgasta e, a partir daí, o pior pode acontecer. 

A agenda ESG (Environmental, Social e Governance, em inglês) refere-se a um conjunto de princípios e práticas que visam promover a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa por meio de três pilares principais: ambiental, social e governança. 

Ela surgiu da crescente conscientização da sociedade sobre a necessidade das empresas adotarem práticas mais sustentáveis e responsáveis, além de se tornarem mais transparentes em suas ações. E tem ganhado cada vez mais relevância, com stakeholders (investidores, clientes, reguladores etc.) exigindo que as empresas demonstrem seu compromisso com a sustentabilidade em longo prazo. 

Ao implementar a agenda ESG, as empresas buscam obter benefícios como: acesso a novos mercados e investimentos, redução de riscos, melhoria da reputação e fidelização de clientes, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade. 

Estudos indicam que a análise do ciclo de vida das empresas, juntamente com a divulgação ESG, também é útil para avaliar o risco de inadimplência no contexto B2B. A pesquisa “Environmental, Social, And Governance e o Ciclo de Vida das Firmas: Evidências no Mercado de Capitais Brasileiro”, publicada na 22ª USP International Conference in Accounting, foi uma das que chegaram a essa conclusão, onde os resultados também indicaram que as práticas ESG possuem associação significativa e positiva com o valor de mercado das organizações, bem como com a rentabilidade do negócio. 

Portanto, a adoção de políticas ESG tem sido associada a um melhor desempenho financeiro das empresas, incluindo a redução do risco de inadimplência.  

Como a agenda ESG pode contribuir para a redução da inadimplência B2B?

A adoção de práticas ESG pode contribuir significativamente para a redução da inadimplência no setor B2B, fortalecendo a sustentabilidade e a resiliência das empresas: 

  • Gestão de riscos: empresas com políticas ESG sólidas tendem a ter uma melhor compreensão e gestão dos riscos envolvidos em sua cadeia de valor, incluindo riscos de inadimplência de clientes e fornecedores. 
  •  Reputação e confiança: uma boa reputação ESG ajuda a construir confiança entre parceiros comerciais, o que pode facilitar negociações, prazos de pagamento e renegociações em caso de dificuldades financeiras. 
  •  Sustentabilidade financeira: investimentos em práticas ambientais, sociais e de governança podem fortalecer a saúde financeira a longo prazo das empresas, reduzindo assim o risco de inadimplência. 
  •  Análise de crédito: indicadores ESG podem ser incluídos nas análises de crédito, permitindo uma avaliação mais completa da saúde financeira e do risco de inadimplência de clientes e fornecedores. 
  •  Resiliência da cadeia de suprimentos: políticas ESG robustas ajudam a construir cadeias de suprimentos mais resilientes, com menor risco de interrupções e inadimplência entre elos da cadeia. 
  •  Compliance e regulamentação: o atendimento a padrões ESG cada vez mais exigidos por mercados e reguladores reduz os riscos legais e operacionais das empresas. 

 

Quais indicadores ESG devem ser considerados na avaliação de risco de inadimplência?

Os indicadores ESG abaixo, quando analisados em conjunto com informações financeiras tradicionais, podem fornecer uma visão mais abrangente do perfil de risco de inadimplência de uma empresa.  

Essa abordagem permite identificar potenciais vulnerabilidades e pontos fortes, subsidiando decisões mais assertivas de concessão de crédito e gerenciamento de riscos. 

Meio ambiente

  • Pegada de carbono e emissões de gases de efeito estufa; 
  • Uso eficiente de recursos naturais (água, energia, matérias-primas); 
  • Gestão de resíduos e efluentes; 
  • Riscos relacionados a mudanças climáticas. 

 Social

  • Condições de trabalho e segurança dos empregados; 
  • Diversidade, equidade e inclusão na força de trabalho; 
  • Relações com a comunidade e impacto social; 
  • Práticas trabalhistas na cadeia de fornecimento. 

Governança 

  • Estrutura e independência do conselho de administração; 
  • Políticas anticorrupção e de compliance; 
  • Transparência e divulgação de informações financeiras; 
  • Gestão de riscos e controles internos. 

Indicadores financeiros 

  • Liquidez e solvência; 
  • Rentabilidade e fluxo de caixa; 
  • Alavancagem financeira; 
  • Histórico de pontualidade de pagamentos.

Como ter mais segurança aplicando critérios ESG na cadeia de fornecimento 

A agenda ESG oferece uma grande oferta de oportunidades de gestão que apoiam o controle da inadimplência. Por meio dessas medidas, as empresas poderão construir cadeias de fornecimento mais resilientes e menos vulneráveis a riscos, fortalecendo a sustentabilidade do seu próprio negócio a longo prazo:  

Mapeamento e avaliação da cadeia de fornecimento

  • Identificar todos os fornecedores-chave e avaliar seus riscos ESG e financeiros; 
  • Estabelecer critérios ESG mínimos para a seleção e manutenção de fornecedores. 

Monitoramento contínuo da cadeia

  • Acompanhar regularmente o desempenho ESG e a saúde financeira dos fornecedores; 
  • Desenvolver indicadores-chave de desempenho (KPIs) para monitorar riscos. 

Engajamento e colaboração com fornecedores

  • Fornecer orientação e apoio para que os fornecedores melhorem suas práticas ESG; 
  • Estabelecer programas de desenvolvimento de fornecedores. 

Diversificação da cadeia de fornecimento

  • Reduzir a dependência excessiva de fornecedores individuais; 
  • Identificar e qualificar fornecedores alternativos em diferentes regiões. 

Gerenciamento de riscos financeiros

  • Implementar políticas de concessão de crédito e limites de exposição por fornecedor; 
  • Utilizar instrumentos financeiros (seguros, garantias etc.) para mitigar riscos de inadimplência. 

 Planos de contingência e resposta a crises

  • Desenvolver planos de ação para lidar com interrupções na cadeia de fornecimento; 
  • Manter níveis adequados de estoques estratégicos.

HoldBrasil e agenda ESG

A fintech HoldBrasil aplica em seu dia a dia práticas ESG, promovendo valores como ética, transparência e cuidado com o meio ambiente e com as pessoas, não só para ter sustentabilidade nos negócios, mas, também, para assumir seu papel empresarial com responsabilidade. 

São princípios sólidos que regem a sua gestão, buscando gerar valor para o bem-estar coletivo, para a sociedade e para o mercado a longo prazo, incluindo o cumprimento de padrões e regulamentações exigidos pelo setor.  

Ao seguir a agenda ESG, a fintech demonstra solidez, integridade, resiliência e capacidade para lidar com desafios e de desenvolver soluções inovadoras, fortalecendo a confiança dos seus clientes ao entregar resultados sustentáveis.  

Você acredita que uma empresa com esses valores será um bom parceiro comercial? Se sim, fale com um de nossos consultores! 

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