Como renegociar dívidas com fornecedores e credores
Tem sido um grande desafio para as empresas manterem a saúde financeira em dia. A capacidade de gerenciar de forma eficaz as suas finanças, mantendo um equilíbrio entre receitas e despesas, tendo giro de caixa saudável e criando uma reserva de capital para investimentos futuros, nem sempre tem sido possível no cenário de incertezas econômicas recorrentes no Brasil.
Como consequência, o endividamento de empresas é mais comum do que gostaríamos de afirmar. Além do longo histórico de crises, com períodos de recessão que fazem as empresas enfrentarem dificuldades financeiras devido à queda nas vendas e ao aumento dos custos operacionais, temos ainda a questão dos juros altos, que torna o crédito mais caro.
Muitas empresas também enfrentam problemas de endividamento devido à falta de um planejamento financeiro adequado: pouco controle sobre os gastos, má gestão do fluxo de caixa e falta de previsibilidade, que levam comumente ao acúmulo de dívidas.
A inadimplência de clientes é outro fator que contribui negativamente para o fluxo de caixa das empresas, dificultando o pagamento de suas obrigações e levando ao endividamento, assim como a competitividade do mercado pode levar empresas a se endividarem para investir em novas tecnologias, expandir suas operações ou melhorar a sua posição.
Uma vez que as ameaças externas são constantes, empresas podem adotar algumas estratégias para gerenciar as suas finanças e dívidas de forma mais eficiente. Veja algumas:
- Planejamento financeiro: é importante que as empresas tenham um planejamento financeiro sólido, que inclua a previsão de receitas e despesas futuras. Isso ajudará a identificar possíveis necessidades de financiamento e a tomar decisões mais conscientes sobre o endividamento.
- Diversificação das fontes de financiamento: é recomendável que as empresas busquem diferentes fontes de financiamento, como empréstimos bancários, emissão de títulos ou parcerias estratégicas. Dessa forma, a empresa reduz sua dependência de uma única fonte de recursos e diversifica os riscos.
- Acompanhamento constante: é fundamental que as empresas acompanhem regularmente sua situação financeira, verificando se os pagamentos estão sendo feitos em dia e se a dívida está sendo reduzida conforme o planejado. Isso permitirá ajustes e correções necessárias ao longo do tempo.
- Negociação com credores: caso a empresa esteja enfrentando dificuldades para pagar suas dívidas, é importante buscar uma negociação com os credores. Pode ser possível renegociar prazos, juros ou outras condições.
- Redução de custos: sempre é importante identificar oportunidades de reduzir despesas e otimizar os gastos da empresa, por exemplo, através da negociação de contratos ou da revisão de processos internos.
- Aumento das vendas: a empresa pode buscar estratégias para impulsionar suas vendas e aumentar a sua receita, como a implementação de campanhas de marketing ou o desenvolvimento de parcerias comerciais.
Como renegociar dívidas com fornecedores e credores?
Se o atraso da dívida não pôde ser evitado e a empresa entrou no hall da inadimplência, o quanto antes ela deve buscar a renegociação junto a fornecedores e credores. Quanto mais rápido o acordo, melhores serão as condições apresentadas para a solução do problema e isso previne que a situação se transforme em uma bola de neve.
Veja algumas etapas que podem ser úteis neste processo de renegociação de dívidas:
- Antes de iniciar qualquer negociação tenha uma visão clara de suas dívidas, fluxo de caixa e capacidade de pagamento. Analise seus números e identifique quais dívidas são prioritárias.
- Entre em contato com os fornecedores e credores com os quais você possui dívidas e explique a sua situação financeira atual. Mostre interesse em resolver e peça a eles que considerem renegociar os termos do pagamento.
- Elabore um plano de pagamento realista, considerando sua capacidade financeira atual. Proponha prazos estendidos, redução de juros ou até mesmo descontos no valor total da dívida, se possível.
- Esteja preparado para negociar os termos do acordo, ficando aberto a sugestões dos fornecedores e credores, mas, também, defendendo seus interesses. O objetivo sempre é chegar a um acordo mutuamente benéfico.
- Assim que um acordo for alcançado, certifique-se de formalizá-lo por escrito. Isso evitará mal-entendidos futuros e garantirá que ambas as partes cumpram com o combinado.
- Uma vez que o acordo seja formalizado, é fundamental cumprir com as condições acordadas. Faça os pagamentos conforme o combinado para restaurar a confiança dos fornecedores e credores.
O endividamento excessivo pode ter diversas consequências negativas para uma empresa, como aumento dos custos financeiros decorrentes da própria dívida devido ao pagamento de juros ou por despesas judiciais.
Outros pontos negativos são a restrição de recursos disponíveis, queda no crescimento, perda de credibilidade perante fornecedores, clientes e investidores, e, até mesmo em casos mais graves, a falência do negócio.
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