Confira alguns dados do último relatório de economia bancária do BC
O Relatório de Economia Bancária (REB), publicação anual do Banco Central do Brasil, apresenta as principais questões do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e suas relações entre instituições e clientes.
O relatório divulgado em outubro, relativo ao cenário de 2021, trouxe dados marcados pelo segundo ano da pandemia Covid-19 e seus impactos no SFN, incluindo o avanço da vacinação, a retomada da atividade econômica e a elevação da taxa de juros.
Veja o que foi apresentado ao mercado pelo BC, especialmente no setor de crédito:
- O crédito no Sistema Financeiro Nacional registrou forte crescimento pelo segundo ano consecutivo impulsionado por pessoas físicas, tanto nas linhas de crédito livre como nas de crédito direcionado. O saldo total dos empréstimos e financiamentos cresceu 16,3%, alcançando o volume de R$4,7 trilhões.
- Nos empréstimos às pessoas físicas, no primeiro semestre se destaca o crescimento de crédito consignado e financiamento de veículos e no segundo, o crescimento das operações de cartão de crédito à vista e de crédito pessoal não consignado. Na carteira de crédito direcionada a pessoas físicas, devido à redução dos juros em 2020, a demanda continuou aquecida por financiamentos imobiliários.
- O crescimento do estoque de crédito às pessoas jurídicas diminuiu, chegando a aproximadamente metade do no ano anterior. Apesar da contratação de crédito livre pelas empresas ter acelerado em março, principalmente em desconto de duplicatas e recebíveis e antecipações de faturas de cartão de crédito, a estabilização do crédito direcionado contribuiu para o menor crescimento nesse segmento.
- Também no segmento de pessoas jurídicas, se destacou a expansão do crédito a empresas com menos de três anos de fundação, como ocorreu em 2020: a carteira de crédito das micro, pequenas e médias empresas cresceu 18,6%, e a das grandes empresas cresceu 6,0%, sendo o maior crescimento nas microempresas (29,7%).
- Quanto à inadimplência, nas pequenas houve aumento de 2,4% para 3,3% e nas microempresas de 3,9% para 5,3%, números ainda inferiores aos de 2019. O BC, em nota, destaca que “2020 foi um ano atípico, tanto pelo amplo processo de repactuações e renegociações flexibilizadas pelo BC quanto pelas demais medidas para o enfrentamento da pandemia, com aumento das concessões para as micro e pequenas empresas e alongamento do prazo médio da carteira”.
- No crédito ampliado ao setor não financeiro, o saldo das dívidas totalizou R$13,6 trilhões (156,8% do PIB) em dezembro de 2021, registrando aumento de 13,9% no ano.
- A taxa de inadimplência do crédito bancário, referente a atraso superior a 90 dias, aumentou 0,2 p.p. em 2021, ficando próximo do mínimo histórico da série atingido em dezembro de 2020 (2,1%).
- A mudança na política monetária, com a elevação da taxa Selic a partir de março de 2021, aumentou o custo do crédito, com impacto moderado sobre os spreads, uma vez que a inadimplência permaneceu em níveis históricos baixos.
- A margem de crédito foi pressionada pelo aperto monetário iniciado em março de 2021, que promoveu ajuste mais rápido do custo de captação em relação ao retorno do crédito e incentivou a migração para um perfil de carteira de maior risco e retorno esperado. Por outro lado, o ambiente de taxas de juros mais altas resultou na concessão de novos créditos a taxas mais elevadas.
Você pode conferir aqui todos os dados do relatório Relatório de Economia Bancária.
Sobre 2022, as previsões indicam crescimento no setor de empréstimos (em menor ritmo que no ano anterior na maior parte dos segmentos). Quanto à inadimplência, as expectativas para as pessoas jurídicas são de aumento, com mediana na taxa de 1,75% para as grandes empresas e de 3% para as MPMEs.
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