Qual a diferença entre dívida, endividamento e inamplência?

Frequentemente ouvimos os termos “dívida”, “endividamento” e “inadimplência”. No entanto, esses conceitos nem sempre são compreendidos adequadamente, o que pode levar à desinformação e confusões quando absorvemos notícias e conteúdos com esses temas. 

Considerando que são assuntos recorrentes no cenário econômico brasileiro, antes de apresentarmos as definições, é importante lembrar que em 2021 o país e o mundo enfrentaram desafios significativos, principalmente em razão da COVID-19, que impactou fortemente a economia. 

As medidas de combate à pandemia resultaram em gastos governamentais e corporativos adicionais, aumentando a dívida pública e privada. Além disso, muitos brasileiros enfrentaram dificuldades financeiras, levando a um aumento no endividamento cujas consequências perduram até hoje para muitas pessoas e negócios. 

E, por isso, o assunto segue sendo um dos que mais vemos todos os dias nas mídias e redes sociais. Dados da inadimplência, recordes de endividamento e as principais dívidas do brasileiro são chamadas comuns e por isso é importante compreender o que cada informação realmente significa:

O que é dívida?

Dívida é uma obrigação financeira que uma pessoa, empresa ou governo assume com outra entidade. É o resultado de tomar emprestado dinheiro ou recursos e concordar em pagar de volta, normalmente com juros, ao longo do tempo. 

Existem vários tipos de dívida, como empréstimos, títulos e financiamentos. No contexto governamental, a dívida pública refere-se ao montante total que um governo deve a credores nacionais e internacionais.

No Brasil, a dívida pública é uma preocupação constante. O governo emite títulos da dívida para financiar suas operações e projetos. Quando o governo gasta mais do que arrecada em impostos, ele contrai cada vez mais dívidas para cobrir o déficit, levando ao endividamento, que veremos a seguir. 

Nas empresas, as dívidas são necessárias para a manutenção dos negócios, sendo essencial uma boa gestão para que elas não se tornem problemas. Apesar disso, mesmo com boas práticas na administração da dívida, causas externas ou imprevistos podem desequilibrar o fluxo de caixa e afetar as finanças, levando a soma de diversas dívidas a um patamar de endividamento e/ou inadimplência.

Pessoas físicas devem ter o mesmo cuidado na administração de suas dívidas, sendo os juros advindos de pagamentos em atraso um grande peso e risco no orçamento. Além disso, uma renda comprometida com muitas dívidas (endividamento) causa o desaceleramento do consumo e impacta toda a economia.

O que é endividamento?

Como já deu para ter uma ideia, o endividamento é o termo que se refere à situação financeira pessoal ou empresarial de ter dívidas acumuladas, ou seja, é a soma da quantidade de dinheiro que uma pessoa ou empresa deve a terceiros. 

O endividamento ocorre quando alguém toma emprestado dinheiro para financiar despesas ou investimentos e, subsequentemente, precisa pagar o valor principal mais juros.

No contexto pessoal, o endividamento pode ocorrer por várias razões, como empréstimos estudantis, financiamento de automóveis, hipotecas e cartões de crédito. No Brasil, o uso de cartões de crédito é comum, mas o acesso fácil ao crédito pode levar ao endividamento excessivo se não for gerenciado adequadamente.

Principais diferenças:

  • Dívida é a obrigação financeira em si, enquanto o endividamento é a situação resultante de ter dívidas. 
  • A dívida surge quando se toma emprestado dinheiro ou se emite títulos, enquanto o endividamento ocorre quando há dívidas acumuladas.
  • A dívida pode ser de curto ou longo prazo, com diferentes propósitos, como financiar operações ou investimentos. O endividamento reflete a soma total dessas dívidas.
  • Gerir dívidas envolve fazer pagamentos regulares, cumprir prazos e gerenciar os juros. Gerir o endividamento requer um planejamento financeiro mais amplo para reduzir dívidas e melhorar a saúde financeira.

E onde entra a inadimplência?

O excesso de endividamento pode resultar na inadimplência, que ocorre quando alguém, pessoa jurídica ou física, possui dívidas financeiras e não consegue pagá-las dentro do prazo estipulado. 

Como consequência, a pessoa ou empresa frequentemente tem seu nome registrado em bancos de dados de inadimplência, entra em cortes e restrição de crédito e tem a sua confiabilidade abalada para realizar novos negócios. 

Concluindo, nem todos os endividados estão inadimplentes, mas todos os inadimplentes têm dívidas, pois não conseguiram cumprir com suas obrigações de pagamento.

A situação econômica no Brasil reforça a importância de uma gestão eficiente da dívida para evitar crises financeiras. Enquanto consumidores e empresários, devemos evitar o endividamento excessivo, adotando práticas financeiras responsáveis, como orçamentação, economia e pagamento pontual de dívidas. 

Neste contexto, a educação financeira desempenha um papel fundamental na promoção de uma vida financeira saudável e na contribuição para um cenário econômico mais estável no país.

E a HoldBrasil também busca, com suas soluções conectadas com o futuro, contribuir diretamente para o equilíbrio das relações de consumo e da economia, tratando o crédito e a inadimplência com a responsabilidade ética e estratégica necessária para que a concessão e a recuperação de crédito seja segura e ágil, operando em processos benéficos tanto para credores quanto para devedores.

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