Confira os principais dados do relatório de economia bancária 2022 do Banco Central

Confira os principais dados do relatório de economia bancária 2022 do Banco Central

Em junho o Relatório de Economia Bancária 2022 (REB) foi apresentado ao mercado pelo Banco Central, com seu levantamento sobre questões relacionadas ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e às relações entre instituições e clientes.

O relatório anual traz a consolidação de dados, estatísticas e gráficos sobre o setor financeiro brasileiro referentes ao ano anterior, com conclusões e insights importantes para a economia. 

O REB 2022 confirmou uma tendência já esperada, que era a queda da concentração bancária com o aumento da competitividade com mais operações e instituições disponíveis para os clientes do Sistema Financeiro Nacional.

Confira alguns outros destaques apontados no relatório:

  • A carteira de crédito do SFN encerrou 2022 com forte crescimento pelo terceiro ano consecutivo. 
  • A elevação da taxa Selic foi transmitida para os juros cobrados nas operações de crédito contratadas em 2022.
  • No que se refere à inadimplência, houve aumento nos atrasos do crédito livre, especialmente no segmento das famílias. 
  • No segmento PJs, em conformidade com a tendência dos últimos anos, as empresas mais jovens foram as que tiveram as maiores taxas de crescimento do saldo crédito. 
  • Em 2022, houve crescimento do crédito para as PJs de todos os setores de atividade econômica, com destaque para os setores de Construção e de Indústrias Extrativas. 
  • Em relação ao porte, a expansão do crédito para pessoas jurídicas em 2022 foi puxada pelas micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). 
  • A taxa de inadimplência das empresas de menor porte (micro e pequenas) segue com tendência de alta, contrária à tendência das grandes empresas, que apresentaram taxas de inadimplência decrescentes nos últimos dois anos. 
  • De acordo com a Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito (PTC), as instituições financeiras apresentaram condições mais restritivas de aprovação de crédito ao longo de 2022, consistente com o cenário de taxas de juros crescentes. 
  • Dentre os fatores que contribuíram para maior restrição ao crédito estão as condições gerais da economia doméstica no segmento de grandes empresas; nível de inadimplência no caso de MPMEs; nível de comprometimento da renda no segmento de crédito ao consumo; e custo/disponibilidade de funding no caso do crédito habitacional. 
  • Nos segmentos de crédito PJs, a necessidade de capital de giro foi apontada como o principal fator de aumento da demanda. 
  • O ritmo de crescimento do estoque de captações do sistema bancário em 2022 (13,5%) foi superior ao verificado em 2021 (6,6%). Dentre os instrumentos com crescimento positivo, destacam-se, em termos absolutos, os depósitos a prazo e, em termos relativos, as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs). Os depósitos de poupança e à vista apresentaram desempenho negativo. 
  • Indicador do Custo do Crédito (ICC): média do custo de toda a carteira do sistema financeiro registrou em dezembro de 2022 taxa de 21,5% a.a.; empréstimos com recursos livres alcançou 30,7% (19,4% para pessoas jurídicas e 40,4% para pessoas físicas); e ICC dos empréstimos com recursos direcionados alcançou 9,0% (9,4% para pessoas jurídicas e de 8,8% para pessoas físicas). 
  • A maioria dos componentes contribuiu para o aumento do ICC médio ajustado de 2,57 p.p. em 2022: custo de captação (+1,60 p.p.), de inadimplência (+0,70 p.p.), margem financeira (+0,34 p.p.) e tributos e FGC (+0,17 p.p.). 
  • A rentabilidade do sistema bancário recuou em 2022, registrando retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 14,7%, ante 15,7% em 2021. Os principais motivos para a queda da rentabilidade foram o aumento das despesas com provisões e a piora da eficiência operacional. 
  • O aumento das provisões é explicado pelo crescimento do crédito em linhas de maior risco, aumento do comprometimento de renda das famílias e redução da capacidade de pagamento de micro e pequenas empresas. 
  • Bancos de menor porte permanecem com níveis de rentabilidade inferiores aos demais grupos. Com relação ao foco de atividade, bancos que atuam mais preponderantemente em atividades de tesouraria demonstraram recuperação na rentabilidade diante do ciclo de alta da Selic, enquanto aqueles com maior atuação em crédito demonstram redução na rentabilidade. 
  • A rentabilidade do sistema bancário brasileiro permaneceu em posição intermediária quando comparada a sistemas bancários de outros países. A maioria dos países, inclusive o Brasil, manteve rentabilidade acima daquela obtida em 2020, ano em que houve o choque da pandemia. 
  • A concorrência nos mercados de crédito aumentou em 2022 para instituições financeiras dos segmentos bancário, de cooperativas e de instituições não bancárias. 
  • Com relação ao mercado de serviços financeiros do segmento bancário, o indicador de Lerner apresentou tendência ascendente e atingiu valores elevados, indicando alto poder de mercado ou baixo nível de concorrência entre os bancos em 2022. 

O Relatório de Economia Bancária 2022 é dividido em 12 box com temas específicos, além de sumário executivo e anexos, trazendo importantes informações para o mercado financeiro, de crédito e inadimplência. 

Confira mais detalhes na íntegra do documento (link no início do artigo) e conte com a HoldBrasil para se manter atualizado com notícias importantes do setor e no controle e na  minimização dos riscos da inadimplência no seu negócio. Conheça nossas soluções!

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