Pedidos de falência aumentaram 44% em relação a 2022 no primeiro trimestre do ano

Pedidos de falência aumentaram 44% em relação a 2022 no primeiro trimestre do ano

A reportagem da CNN, que pode ser conferida na íntegra aqui, apresentou dados do Serasa Experian sobre o cenário de pedidos de falência e recuperação judicial no primeiro trimestre deste ano que devem ser observados com atenção pelo setor B2B, principalmente em relação ao crédito.

Juro alto, desaceleração da economia e pouco crédito culminaram em uma alta inadimplência, que vem sendo observada desde setembro de 2021, e que impactou diretamente para que os índices aumentassem em relação ao ano anterior (no mesmo período), chegando a mais 44% sobre falências e mais 37% sobre recuperação judicial.

As adversidades macroeconômicas afetam com ainda mais intensidade pequenas e médias empresas com saúde financeira e administrativa ainda pouco sólidas, mas a pesquisa apontou que foi entre as grandes que os pedidos de recuperação judicial mais avançaram: 94,4% entre as grandes, 8,9% entre as médias e 44% entre as MPEs (Micros e Pequenas Empresas).

“O cenário [macroeconômico] leva as empresas grandes, que monitoram mais de perto indicadores, a reavaliar suas expectativas e escolherem essas estratégias. Estamos no começo de uma cauda que deve ser longa, então essas empresas são mais rápidas no pedido. Mas vem aí uma cauda longa, e empresas menores devem seguir este caminho”, analisa Cristina Helena de Mello, professora de economia da ESPM.

Já o economista e professor de MBAs da FGV, Robson Gonçalves, destaca que após o “caso Americanas” a percepção de risco financeiro aumentou, o que prejudicou ainda mais a oferta de crédito.

Com relação às falências, a característica das empresas mais afetadas se altera: 30% grandes empresas, 64% médias e 42% MPEs. O Microempreendedor Individual (MEI) e as MPEs somam 61% dos negócios que têm dívidas no país, sendo que 27% estão com pagamento em atraso e 34% estão em dia.

O juro alto, a alta inflação e a queda do poder aquisitivo da população fez um terço dos pequenos negócios contraírem essas dívidas e ficarem em atraso, segundo a pesquisa do Sebrae em parceria com o IBGE “Pulso dos Pequenos Negócios.”

O maior volume de empréstimos realizados desde a pandemia ainda cobra seu preço, com parcelas que não cabem no orçamento da empresa ainda sem faturamento suficiente para colocar a saúde financeira em dia: 63% de MEIs têm 30%+ dos seus custos mensais comprometidos pelo pagamento de dívidas e entre as MPEs o índice ficou em 46%, segundo o levantamento do Sebrae / IBGE.

Confira o sumário dessa pesquisa, realizada em janeiro de 2023:

    • Aumento da proporção de empresas que afirmam que estão sofrendo uma redução no seu faturamento.
    • Aumento do impacto médio do faturamento das empresas.
    • Quase todos os segmentos pioraram.
    • Aumento dos custos e a falta de clientes ainda são os fatores que mais trazem dificuldade para o negócio no momento.
    • Maioria dos pequenos negócios teve aumento de custos nos últimos 30 dias.
    • Manutenção na proporção de busca por empréstimo e a na proporção de obtenção de crédito.
    • Manutenção na proporção de empresas que vendem utilizando ferramentas digitais.
    • Aumento no nível de inadimplência.
    • Aumento na proporção de empresas com 30% ou + dos seus custos comprometidos com pagamento de dívidas.
    • Redução na proporção de empresas que realizaram algum investimento nos últimos 3 meses.
    • Aumento na proporção de empresários preocupados com o futuro da sua empresa.

Outro fator importante, citado pelo consultor de negócios do Sebrae-SP Leonardo Tegg, é que há um efeito cascata que afeta os negócios menores, vindo das grandes empresas: “A alta da Selic também inibe novos investimentos para as grandes empresas. Consequentemente, as grandes empresas compram menos das micro e pequenas empresas. Além disso, geram menos empregos, e as famílias têm menos renda para consumir de micro e pequenas”.

A HoldBrasil, como uma fintech especializada em recuperação de crédito no setor B2B, segue investindo em soluções eficientes, flexíveis e atualizadas para que, independente do cenário econômico, empresas de diferentes portes possam ter um maior controle sobre seus riscos de inadimplência.

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