Relatório de economia bancária do Banco Central aponta perfil de uso dos cartões de crédito no Brasil

Relatório de economia bancária do Banco Central aponta perfil de uso dos cartões de crédito no Brasil

No dia 6 de junho o Banco Central divulgou a íntegra do Relatório de Economia Bancária de 2022 e os dados relativos a novos usuários de cartões de crédito emitidos por fintechs e bancos digitais aumentou 310%, representando um destaque da pesquisa.

Consequentemente, o mesmo grupo de usuários foi o que apresentou maior crescimento de dívidas e por isso é um alerta para o nosso setor de recuperação de crédito, que deve se manter atento.

Confira um resumo do chamado “Boxe 3 – Perfil de utilização de cartões de crédito no Brasil constante no relatório:

    • O objetivo do documento é investigar o comportamento das pessoas físicas usuárias de cartão de crédito em função do número e do tipo de instituições emissoras com que se relacionam. 
    • Com a entrada de novos players no segmento de cartões pós-pago, e o consequente aumento da competição, o número de usuários cresceu substancialmente nos últimos anos. Em decorrência, uma parcela significativa da população brasileira passou a ter acesso a um ou mais cartões de crédito. 
    • O maior acesso a cartões de crédito, embora positivo do ponto de vista da inclusão financeira, também merece atenção por seu potencial de aumentar o nível de endividamento das famílias. 
    • O crédito rotativo é uma das operações com maiores taxas de inadimplência e custo no mercado. 
    • Identificou-se que 84,7 milhões de clientes possuíam saldo devedor maior que zero na data-base de junho de 2022. Esse número representa um crescimento de 30,9% em relação a junho de 2019. 
    • À medida que os usuários têm adquirido cartões de diferentes instituições, observa-se crescimento do limite e saldo médio, sobretudo até três vínculos, o que sinaliza que estão aumentando a sua capacidade de gastos com o aumento dos limites adicionais, elevando, em média, o saldo devedor consolidado. 
    • Nota-se uma tendência ao uso de modalidades mais onerosas do cartão de crédito à medida que cartões de diferentes instituições são adicionados. 
    • Observa-se a elevação dos percentuais médios de consumo do limite à medida que o usuário adiciona novos vínculos, sinalizando maior propensão a consumir conforme passam a utilizar mais cartões. 
    • O crescimento do mercado de cartões de crédito foi impulsionado principalmente pela atuação das instituições do G3 (fintechs e bancos digitais), que, no período analisado, aumentaram em 27,6 milhões de indivíduos suas bases de usuários.
    • O G3 foi o grupo que apresentou o maior crescimento no saldo devedor de seus clientes (292,3%). Em contrapartida, o G1 (bancos públicos e os três maiores bancos privados) foi o segmento que apresentou menor crescimento no período (55,4%), embora continue sendo o grupo em que se concentra a maior fatia do saldo devedor.
    • Em relação ao endividamento oneroso no cartão, representado pelo percentual do saldo devedor nas modalidades sujeitas à cobrança de juros, vemos que esse indicador é significativamente maior no segmento G2 (demais bancos e financeiras, inclusive cartões emitidos por varejistas), independentemente do número de vínculos. 
    • Não obstante o aumento da competição e do número de cartões de crédito, o mercado ainda é dominado pelos grandes conglomerados bancários (G1). 

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